AfroReggae
Fundado em 21 de janeiro de 1993, o Grupo Cultural AfroReggae foi criado para transformar a realidade de jovens moradores de favelas utilizando a educação, a arte e a cultura como instrumentos de inserção social. O embrião do projeto foi o jornal (afroreggae noticias) cuja primeira edição circulou em agosto de 1992. O informativo – distribuído gratuitamente e sem anunciantes – logo se tornou um canal aberto para o debate de ideias e de problemas que afetam a vida de negros e pobres.
A sede do grupo cultural AfroReggae
Em 29 de agosto daquele mesmo ano ocorreu a Chacina de Vigário Geral, na qual 21 moradores inocentes foram assassinados. Um mês depois, os produtores do AfroReggae Notícias chegaram à favela de Vigário Geral oferecendo oficinas de percussão, capoeira, reciclagem de lixo e dança afro para os moradores dali.
Desde então, o Grupo Cultural AfroReggae investe no potencial de jovens favelados, levando educação, cultura e arte a territórios marcados pela violência policial e pelo narcotráfico. Ao longo de seus 18 anos (que foram completados no dia 21 de janeiro de 2011), o AfroReggae vem utilizando atividades artísticas, como percussão, circo, grafite, teatro e dança para tentar diminuir os abismos que separam negros e brancos, ricos e pobres, a favela e o asfalto, a fim de criar pontes de união entre os diferentes segmentos da sociedade.
A Banda AfroReggae
Em 2001, o lançamento do CD Nova Cara, pela Universal Music, credenciou a Banda AfroReggae a entrar para a História da indústria fonográfica como o primeiro grupo brasileiro, cria de um projeto social desenvolvido em favelas, a lançar o seu disco de estreia por uma multinacional do setor. Duas apresentações no Rock in Rio III oficializaram o lançamento do álbum dos afilhados de Caetano Veloso e Regina Casé. A estreia deste show havia sido em 1998, em Paris, durante a Copa da França.
O segundo album, "Nenhum motivo explica a guerra", foi lançado em 2005. Em janeiro de 2006, a Banda AfroReggae abriu o show dos Rolling Stones, no Rio, que reuniu mais de um milhão de pessoas na Praia de Copacabana. No mesmo ano, Nenhum motivo percorreu as dez principais capitais brasileiras, entre elas Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre. Numa iniciativa pioneira, a turnê conciliou música, cultura, entretenimento e atividades socioculturais em um formato até então inédito no Brasil e no exterior: além dos shows, havia exibição dos documentários Favela Rising, Polícia Mineira e Nenhum motivo explica a guerra, que retratam o trabalho desenvolvido pelo AfroReggae nas favelas do Rio e nos Batalhões da Polícia Militar de Belo Horizonte, e oficinas de música, dança, circo, street ball e grafite para jovens da periferia. O conjunto de ações eram realizados em casas de shows e centros culturais mas também em presídios, batalhões da Polícia Militar, comunidades pobres e escolas públicas.
O Projeto
Desfile da coleção Afro Reggae no São Paulo Fashion Week, coleção primavera/verão com assinatura de Marcelo Sommer, roupas inspiradas pelas favelas cariocas, contam ainda com consultoria de Helena Montanarini e styling de Felipe Veloso. Para o desfile também foi chamado Gringo Cardia(diretor artístico) que fez o encerramento do desfile com o show do AfroReggae.
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